As pressões demográficas exigem a criação de 600 milhões novos empregos em todo o mundo na próxima década e meia, sobretudo em África e na Ásia, disse, esta terça-feira, o presidente do Banco Mundial (BM), Jim Yong Kim.
No prefácio do Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial de 2013 do Banco Mundial (BM), que analisa o papel do emprego no processo de desenvolvimento dos países, Kim alerta que no meio da atual crise económica global cerca de 200 milhões de pessoas em todo o mundo enfrentam o desemprego, 75 milhões das quais têm menos de 25 anos.
"Muitos outros milhões de pessoas, mulheres na maioria, encontram-se totalmente excluídas da força laboral. Olhando para o futuro, nos próximos 15 ambos serão necessários 600 milhões de novos empregos para absorver a crescente população em idade laboral, sobretudo na Ásia e na África subsaariana", refere ainda Jim Yong Kim.
O relatório do BM conclui ainda que, nos países em vias de desenvolvimento, o problema para os mais pobres não é o desemprego, mas sim empregos que não chegam para assegurar condições de vida dignas.
"Quase metade de todos os trabalhadores dos países em vias de desenvolvimento trabalham em explorações agrícolas de pequena escala ou em atividades próprias, trabalhos que normalmente não vêm com um salário fixo nem com mecanismos de proteção social (...) Muitos têm mais de um emprego e trabalham longas horas mas, demasiadas vezes, não ganham o suficiente para assegurar um futuro melhor para si mesmos e para os seus filhos", frisa o presidente do BM.
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