A associação de defesa dos consumidores lembra que a fatura já foi agravada em 16 por cento, com a subida da taxa do IVA, em outubro, e sublinha que o Governo adiou a cobrança de mil milhões de euros, correspondente a cerca de 50 por cento dos Custos de Interesse Económico Geral (CIEG), mas que os consumidores terão de suportar estes custos mais tarde.
“Estes custos, resultantes de opções políticas e medidas legislativas para subsidiar o setor, já deveriam ter sido reduzidos, tal como exigiu a DECO e 170 mil assinantes da petição entregue na Assembleia da República em 2010”, reivindicou, num comunicado.
A DECO pede, por isso, “um plano concreto de redução dos CIEG com o objetivo de uma redução de 30 por cento desses custos até 2013”.
A associação considera que esta é a única maneira de reduzir a fatura de eletricidade e caminhar para a sustentabilidade do setor, salientando que a própria ‘troika’ recomendou uma revisão destes custos no memorando de entendimento assinado com o Governo.
“O Governo ignorou essa recomendação, embora tenha sido lesto a antecipar outra – a subida do IVA. É uma política de dois pesos e duas medidas, sempre desfavorável ao consumidor, que a DECO nunca poderá aceitar”, conclui o comunicado.
Fonte:http://noticias.sapo.pt/