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De Redundo para o Mundo

Um olhar sobre o mundo das notícias

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Um olhar sobre o mundo das notícias

Mosteiro de São Pedro de Ferreira

Junho 16, 2011

adamirtorres

 

 

  • Nome: Mosteiro de São Pedro de Ferreira
  • Tipologia: Igreja/Mosteiro
  • Classificação: Monumento Nacional (MN) pelo Dec. N.º 14 985, DG 28 de 3 de Fevereiro de 1928.
  • Concelho: Paços de Ferreira
  • Estilo: Românico nacionalizado
  • Estado de Conservação: Bom 
  • Festa do Padroeiro: São Pedro – 29 de Junho 
  • Horário do Culto: 4.ª, 6.ª feira e Sábado às 20h; Domingo às 10h30. 
  • Horário da Visita: Por marcação 
  • Preço da Entrada: Gratuito 
  • Acesso p/ Deficientes: Razoável 
  • História

 

A origem da igreja do Mosteiro de São Pedro de Ferreira remonta ao século X, tendo por base a referência que lhe é feita no testamento de Mumadona Dias, datado de 959.

O templo actualmente existente começa a ser construído em 1182, podendo identificar-se elementos de uma primeira igreja românica que terá sido construída entre finais do século XI e os inícios do século XII.

O Mosteiro integra a Ordem dos Cónegos Regrantes no século XIII, entre 1258 e 1293, que se extingue no século XV quando deixa de pertencer aos cónegos e passa a fazer parte da Câmara do Bispo do Porto, incluindo o couto e as propriedades adjacentes.

Este monumento constitui um caso único no românico português, ao ser precedida por um nártex cercado por um muro, um campanário de dois vãos e cimalha de duas águas. Esta estrutura corresponderia à ante-igreja de função funerária.

 

  • Lendas e Curiosidades

 

O túmulo do nobre D. João Vasques da Granja é uma das duas únicas peças funerárias que ainda resta da história do Mosteiro.

Curiosamente, e à revelia do que era hábito na época, a figuração no exterior do túmulo representa o nobre em vestes e postura de peregrino, segurando um bordão. Esta é, assim, uma das poucas tampas de túmulo que ostenta

o nobre em posição penitente, em vez de outra mais consentânea com o estatuto social. O túmulo será datado de meados do século XIV.

 

 

 

  • Arquitectura

 

 A planta do Mosteiro é composta por uma única nave, com cabeceira abobadada, organizada em dois tramos, sendo o primeiro mais largo e mais alto. Esta é uma característica muito particular do Românico do Alto Minho.

A nave, cuja altura do seu corpo está impregnada de espacialidade protogótica, está coberta a madeira e a cabeceira, internamente, apresenta-se poligonal, enquanto no exterior é semi-circular.

A sua invulgar altura provocou a colocação de contrafortes no exterior e colunas adossadas no interior.

A capela-mor, relativamente alta, é composta por dois níveis, um primeiro de arcadas-cegas, duas das quais em mitra, e um segundo com alçado em arcadas que alternam com frestas.

Invulgar no estilo Românico português é a existência de um arco toral na cabeceira apoiado em pilastras salientes adornadas por escócias.

O portal da fachada principal está inserido em corpo pentagonal, enquanto o portal ocidental, amplo e muito bem desenhado, revela quatro colunas de cada lado, duas delas prismáticas.

A decoração é executada por intermédio de um recorte torneado no extradorso das arcadas, acentuado por um largo furo. Estas soluções decorativas assemelham-se a padrões encontrados em San Martín de Salamanca ou em Sevilha, em Espanha.

Os capitéis dos portais laterais são de grande qualidade, uns apresentando laçarias e animais, outros em decoração vegetalista. As fachadas laterais foram rematadas por uma cornija formada por pequenos arcos assentes em mísulas.

Em frente ao portal principal conservam-se as ruínas de uma ante-igreja ou galilé de função funerária, de cujos túmulos restam duas peças funerárias: um sarcófago trapezoidal

e a tampa de sepultura com uma estátua jacente de João Vasques da Granja.

 



Torre de Vilar - Rota do Românico

Outubro 29, 2010

adamirtorres

 

Tipologia: Torre

 

Classificação: Imóvel de Interesse Público (IIP) pelo Dec. N.º 95/78, DR 210 de 12 Setembro de 1978.

Concelho: Lousada

Estado de Conservação: Bom 

Horário da Visita: De Quarta-feira a Domingo das 10h às 13h e das 14h às 18h. 

Preço da Entrada: Gratuito 

 

Localização:

Lugar da Torre, freguesia de Vilar do Torno e Alentém, concelho de Lousada, distrito do Porto.

 

Como Chegar:

Se vem do Norte de Portugal através da A28 (Caminha/Porto), da A3 (Valença/Porto), da A7 (Vila Pouca de Aguiar/Póvoa de Varzim), da A24 (Chaves/Viseu) ou da A4/IP4 (Bragança/Matosinhos) siga na direcção de Felgueiras pela A11 (Esposende/Marco de Canaveses). Saia no nó de Caíde da A11. Siga viagem pela estrada N15 para a Lixa/Amarante até encontrar a indicação da Torre de Vilar.   Se vem do Centro ou Sul do País pela A1 (Lisboa/Porto) ou pela A29 (Albergaria-a-Velha/V.N. Gaia) entre no Portocruzando o rio Douro através da ponte do Freixo (A20) e escolha depois a A3 (Valença).   Opte, em seguida, pela A4 (Vila Real) que o conduzirá até à A11 (Felgueiras). Nesta via saia no nó de Caíde e siga na direcção da Lixa/Amarante, através da estrada N15, até encontrar a indicação da Torre de Vilar.   Se já se encontra na vila de Lousadatome a direcção de Felgueiras pela estrada N207. Pouco depois, vire à direita para Nogueira, seguindo a sinalização da Rota do Românico. Não considere a indicação seguinte para virar à direita (Igreja de Aveleda) e siga em frente com destino à localidade da Aparecida e à Torre de Vilar. 

    

Coordenadas Geográficas: Latitude: 41° 17' 12.082" N   /   Longitude: 8° 12' 36.906" O 

 

História

 

A Torre de Vilar, construída entre a segunda metade do século XIII e o início do século XIV, faz prova do poder senhorial sobre o território, sendo um testemunho da existência da domus fortis, uma residência senhorial fortificada no Vale do Sousa.

Existem dificuldades na datação em resultado de apresentar soluções estruturais de gosto românico. As Inquirições de 1258 referem a Sancte Marie de Vilar como a Honra de D. Gil Martins e dos seus descendentes, da linhagem dos Ribavizela.

O rei D. Fernando, em 1367, doa Vilar de Torno, Unhão e Meinedo a Aires Gomes da Silva, documentando-se a manutenção da Torre na mesma família, ao longo do século XV.

 

Fonte:Rota do Românico


Escavações arqueológicas no Monte Padrão – Santo Tirso

Julho 27, 2010

adamirtorres

 

 

O Gabinete Municipal de Arqueologia de Santo Tirso está  a dar continuidade às escavações arqueológicas no Monte Padrão, Freguesia de Monte Córdova, Concelho de Santo Tirso, trabalhos que se prolongam, ininterruptamente, desde 1990.  

Durante este mês e o próximo, Julho e Agosto, respectivamente, este projecto de investigação está a ser desenvolvido na vertente da face leste do Castro com o objectivo de documentar o sistema defensivo e estruturas complementares e respectiva evolução crono-estratigráfica. Os trabalhos contam com a colaboração de quatro alunos do curso de Assistente de Arqueologia da Escola Profissional de Arqueologia do Marco de Canaveses sob coordenação de Álvaro Moreira, o responsável científico por este projecto financiado na totalidade pela Câmara Municipal de Santo Tirso. 

Em paralelo, têm vindo a desenvolver-se acções de manutenção, conservação e musealização do Castro, simultaneamente, com actividades de carácter pedagógico implementadas no Centro Interpretativo do Monte Padrão (CIMP). Exemplo disso é a exposição “A mulher romana nas moedas do Museu de Vila Real”, patente no CIMP até ao dia 12 de Setembro de 2010. 

Classificado como Monumento Nacional desde 1910, o Castro de Monte Padrão foi escavado pela primeira vez na década de 50 do século passado, por Carlos Faya Santarém. Em 1986 a Câmara Municipal de Santo Tirso deu início a um conjunto de acções com o propósito de promover a protecção, estudo e valorização da estação arqueológica. Para garantir o apoio sustentável às actividades relacionadas com o Castro do Monte Padrão – seja o desenvolvimento disciplinar da Arqueologia no âmbito da gestão do recinto de que as ruínas são o núcleo fundamental, seja a divulgação dessa memória arqueológica junto da comunidade – a Câmara Municipal inaugurou em Abril de 2008, o Centro Interpretativo de Monte Padrão (CIMP), equipamento cultural construído de raiz e no qual foram investidos mais de 500 mil euros.



Citânia de Sanfins - Paços de Ferreira

Julho 19, 2010

adamirtorres

A Citânia de Sanfins é uma das estações arqueológicas mais significativas da cultura castreja do Noroeste peninsular e

da Proto-história europeia. A vasta panorâmica sobre toda a região de Entre-Douro-e-Minho, que dela se abrange,

terá sido factor estratégico determinante do desenvolvimento deste importante povoado.

A observação das suas áreas de influência permite questionar a formação deste “lugar central” no

quadro da rede de povoamento castrejo regional.

Tudo indica ter sido escolhido, na sequência da campanha militar de Décimo Júnio Bruto (138-136 a.C.)

até à ocupação romana do Noroeste (29-19 a.C.), como capital dos povos Calaicos, dos Brácaros,

situados na margem direita do Douro. Este sítio era já conhecido,

tendo sido detectados elementos vestigiais mais antigos.

Suspeita-se de um fundo pré-histórico do período calcolítico e achados de escavações

documentam ter sido habitado por uma pequena população

entre os sécs. V e III a.C. na parte superior da colina,

identificável com a unidade étnica dos Fidueneas epigrafada no “Penedo das Ninfas”(fase I).

 

O grande aglomerado da Citânia, terá resultado, porém, da congregação (sinecismo) de diversas

comunidades limítrofes por motivos estratégicos sequentes à campanha de Décimo Júnio Bruto,

desempenhando, então, o lugar de capital regional (fase II).

Tendo-se transformado num castro reduzido, simples aldeia, kóma, segundo Estrabão,

com a conquista do Noroeste pelos exércitos de Augusto,

ocupava apenas a plataforma limitada pela muralha central,

onde se procedeu a uma profunda reestruturação urbana em função do fomento da actividade metalúrgica (fase III).
Com as reformas flavianas praticadas na região, terá entrado num período de declínio,

com uma população cada vez mais diminuta a cultivar os campos das imediações,

até ao seu abandono em meados do séc. IV (fase IV).

O cemitério cristão implantado na sua acrópole e a capela de S.Romão

que se lhe sobrepunha documentam uma fase datada da Baixa Idade Média (fase V),

já sem qualquer relação de carácter cultural com a Citânia a não ser como reconhecimento de uma ancestralidade,

de que estes traços de natureza religiosa são a melhor evocação.

Diversas notícias históricas, desde há muito,

se reportam mais ou menos directamente à Citânia de Sanfins,

delas se destacando as referências de D. Jerónimo Contador de Argote nas suas Memorias

para a historia ecclesiastica do arcebispado de Braga (1734),

do Diccionario geografico (1758) do P. Luiz Cardozo e

do romance O segredo do abade (1864) de Arnaldo Gama.

Campo privilegiado de investigação desde os tempos pioneiros da Arqueologia nacional,

atraindo para estudo sistemático grandes vultos e instituições da cultura portuguesa e estrangeira,

cumpre referir sobretudo o interesse de F. Martins Sarmento e J. Leite de Vasconcelos e,

em especial, a actuação da equipa de Eugénio Jalhay e Afonso do  Paço e seus colaboradores,

posteriormente continuada por docentes e

nvestigadores da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, que,

com o esforço de numerosas e sucessivas campanhas,

tornaram a Citânia de Sanfins numa das mais prestigiadas estações arqueológicas peninsulares.


 

     

 

 

 

 

 


 

 

 

 



Castro do Padrão - Santo Tirso

Julho 12, 2010

adamirtorres

 

 

O castro do Monte do Padrão é uma das principais referências culturais e patrimoniais da comunidade tirsense. A sua presença, de grande destaque na paisagem, imprime uma marca indelével no território que, aliada à carga histórica e simbólica que possui, projecta a localidade em toda a região. Carga histórica e simbólica que advém da intrínseca relação existente entre a área arqueológica e uma das principais personalidades históricas da cristandade medieva do Noroeste Peninsular – S. Rosendo – certamente um dos mais ilustres tirsenses. Este vínculo faz com que o imóvel transcenda o seu valor enquanto objecto de ciência, para se projectar como uma referência intemporal do processo de reconquista e povoamento do território que, mais tarde, viria a ser Portugal.

 

O Monte Padrão situa-se na margem esquerda do rio Ave, na freguesia de Monte Córdova, a poucos quilómetros a Sudeste da cidade de Santo Tirso. Classificado como Monumento Nacional desde 1910, o castro do Padrão foi escavado pela primeira vez na década de 50 por Carlos Faya Santarém. Em 1986 a Câmara Municipal deu início a um conjunto de acções com o propósito de promover a protecção, estudo e valorização da estação arqueológica.

 

 

 

Os  testemunhos mais antigos remontam ao Bronze Final, período que se encontra identificado estratigraficamente e por conjunto instrumentos liticos  e cerâmicas variadas as quais se destacam as que apresentam uma decoração tipo boquique. Durante a Idade do Ferro as comunidades indígenas edificaram um povoado fortificado do qual sobreviveu um considerável acervo de espólio e abundantes vestígios construtivos, de que se destaca um considerável troço de muralha e várias casas circulares. Na época romana a estrutura do povoado viria a sofrer profundas alterações motivadas por uma intensa ocupação entre os séculos I e IV. Este momento de ocupação conserva um notável conjunto arquitectónico formado por uma área residencial com várias domus, com pátio central lajeado, e outros edifícios de características diversas. Na face Este da plataforma superior encontramos parte de um templo Alto-Medieval e um edifício anexo, que corresponderá à antiga igreja paroquial e mosteiro de Monte Córdova, onde foi também detectada uma necrópole com sepulturas de diferentes tipologias.

 

 

 

Idade do Bronze | A mais antiga ocupação registada no Monte Padrão reporta-se ao Bronze Final, período cronológico a que, genericamente, corresponde o período de formação da “ cultura castreja “. Os testemunhos que nos revelam a ocupação do povoado este período consistem num conjunto de cerâmicas datáveis do séc. IX/VII a.C., e nalguns instrumentos líticos, nomeadamente mós de cela, machados de pedra polida e lâminas de sílex. Dos materiais cerâmicos, predominam as taças carenadas, potes de armazenamento de perfis diferenciados, e em menor número, vasos troncocónicos. Devido à exiguidade da área intervencionada, não é ainda possível definir com clareza a área de ocupação da estação para esta época. As cerâmicas com decoração bouquique, tipo Cogotas I, recolhidas abundantemente testemunham, já durante este período, contactos com a área central da península, designadamente a actual estremadura espanhola.

 

 

 

 Idade do Ferro|No período a que corresponde culturalmente a II Idade do Ferro do Noroeste Peninsular, integra-se a vulgarmente designada “ cultura castreja ”. É durante este período que o castro de Monte Padrão assume maior expressão espacial. Embora actualmente seja apenas visível o face nascente da 1ª linha de muralhas, que circunda e delimita a plataforma superior, as plataformas e taludes existentes denunciam a existência de mais duas linhas de muralhas.

 

 

 

Recentes intervenções arqueológicas efectuadas na plataforma superior, a Norte do complexo romano, puseram a descoberto um complexo conjunto de estruturas de habitações de planta circular que evidenciam diferentes fases construtivas do povoado.A importância da ocupação proto-histórica é atestada pela grande diversidade e abundância de espólio cerâmico, mas também pela existência de vestígios que denotam a prática da actividade de ourivesaria e metalurgia. A grande quantidade de cossoiros, revela-nos a importância que a actividade têxtil, indiciando uma grande apetência pela prática agro-pastoril, a qual parece prolongar-se pelo período romano.Neste período o castro de Monte Padrão integraria um vasto território definido pela serra da Agrela a Oeste, o rio Ave a Norte e o rio Leça e a serra de Valongo a Sul a que corresponderia a unidade gentílicia dos Fiduenae, cujo povoado nuclear seria a Citânia de SanfinsPaços de Ferreira.

 

 

 

Romanização | Da ocupação romana são conhecidos vários edifícios que ocupam parcialmente a plataforma superior. O primeiro, localizado a poente, de que se conhece a planta na integra, corresponde à área residencial do complexo Norte e designa-se por – “ Domus “. Possui planta quadrangular, com pátio central lajeado, à volta do qual se desenvolvem vários compartimentos. Anexo ao corpo principal do edifício, no lado Norte, existe um pequeno conjunto de compartimentos de planta irregular que possivelmente correspondem a uma área de serviços cuja cronologia será posterior à primeira construção. A poucos metros a Sudoeste, localiza-se outro edifício, de maiores dimensões que o anterior, de planta rectangular, com alguns pavimentos lajeados e caleiras de escoamento, cuja configuração nos permite admitir que a sua função tenha sido diversificada, claramente ligada à actividade agro-pastoril. Da escavação efectuada nos anos cinquenta, resultou um numeroso espólio, cuja análise nos sugere uma longa ocupação dos dois edifícios, entre os séculos I e IV. Os outros dois edifícios localizam-se respectivamente na face Este e Sul da plataforma superior e encontram-se em fase de escavação.Em época romana o castro de Monte Padrão, implantado sobre a via romana secundária que ligava o Porto ( Cale ) à via de ligação de Braga ( Bracara Augusta ) a Mérida, em S. João da Ponte, Guimarães, passando por S. Martinho do Campo, onde se conserva uma ponte sobre o rio Vizela, terá conhecido uma amplo desenvolvimento que actualmente é visível devido à grande amplitude espacial  da área ocupada pelos vestígios deste período.

 

 

 

Idade Média | A ocupação medieval da estação localiza-se na plataforma superior, a Sul do complexo romano. O primeiro  momento de ocupação deste período corresponde a um templo Alto-Medieval ( séc. XI – XII ) a que se sobrepôs um edifício de cronologia relativamente tardia, contemporâneo de uma extensa e numerosa necrópole medieval que corresponderá à igreja paroquial e ao mosteiro de Monte Córdova.Do numeroso espólio exumado, destaca-se um conjunto de peças metálicas, um tesouro de moedas e ainda um abundante espólio cerâmico, possuindo alguns exemplares decorações figurativas e fitomórficas.Os vestígios medievais correspondem, provavelmente, ao mosteiro mandado edificar alguns anos antes do nascimento de S. Rosendo e que funcionou como Priorado  dependente do Mosteiro de Celanova ( Orense, Galiza ) até ao séc. XVI. D. Manuel I nomeou um comendatário para administrar os bens do mosteiro, extinguindo-se no final do séc. XVI a ligação aos beneditinos de Celanova. A  igreja paroquial terá sido trasladada, segundo nos relata Frei Leão de S. Tomás, no início do séc. XVII.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Centro Interpretativo do castro do Monte do Padrão 

 

 

 

Objecto e Local | Este projecto de arquitectura refere-se à construção de um edifício destinado ao Centro Interpretativo do Monte Padrão a situar no acesso ao Castro localizado na freguesia de Monte Córdova em Santo Tirso.

 

Programa | Este projecto tem como objectivo a estruturação de um programa com aptidões para o apoio sustentável ás actividades relacionadas com o Castro do Monte Padrão, seja o desenvolvimento disciplinar da Arqueologia no âmbito da gestão do recinto de que as ruínas são o núcleo fundamental, seja a divulgação dessa memória arqueológica junto da comunidade; intervenção que será complementada, em etapas distintas mas igualmente preponderantes, pela requalificando do último tramo do percurso de acesso ao castro que é a extensão final de diversos percursos lúdicos constituintes de uma rota de fruição paisagística de toda a envolvente e que culmina junto da capela do Monte Padrão, agora que a via de acesso que serve este edifício foi já intervencionada.

 

 

 

Considerando o conteúdo programático do edifício de natureza pedagógica e interpretativa, o seu sector nuclear deverá ser o binómio espacial composto pela sala de serviços educativos - apoiada pelos recentes veículos multimédia - e, em interactividade, pelo espaço destinado à exposição permanente. Os restantes módulos funcionais são, a saber, o apoio administrativo definido pela recepção e documentação informal (áreas de átrio, informação e secretariado), sala de restauro, gabinetes de trabalho, área de recolha de materiais e equipamentos, e ainda os serviços sanitários e vestiários, a que deverá juntar-se a área para a colocação das infra-estruturas técnicas do edifício. Uma sala polivalente introduzida no programa, modulada criteriosamente e com uma área útil equilibrada, permitirá que o edifício, se tal se vier a justificar no futuro, possa “crescer” a partir de dentro sem que se torne necessário aditar novas volumetrias, podendo a alteração ser feita sem prejuízo da qualidade espacial e formal do mesmo e com custos mínimos, aumentando-se, assim, a sua longevidade operacional.

 

   

 

Linguagem | Conceptualmente, a proposta edificada deverá naturalmente resultar das características morfológicas do terreno e ser sensível à acuidade paisagística da envolvente, sobretudo das sua especificidades naturais e construídas, tendo também presente, embora de modo indirecto, os códigos e conteúdos de assentamento do Castro. Assim, e porque o edifício será ele próprio uma plataforma interpretativa dos signos mais representativos do lugar, foi dada especial atenção à sua volumetria e à linguagem arquitectónica que o caracteriza, recorrendo a padrões de composição nítidos, talvez mesmo elementares mas que, de modo significativo, lhe conferem uma autonomia formal que é disciplinarmente defensável e, poderá dizer-se, necessária para a definição de uma intervençãocontemporânea de qualidade.

 

Como nota final, fazemos apelo para que até ao final do processo de expropriação que está a decorrer, sendo possível, seja salvaguardada a integridade do núcleo arborizado uma vez que a presença foi importantena contextualização formal do projecto e, como tal, tornou-se imprescindível para a implantação do edifício naquele território.                                               

 

 

 

   Nuno Magalhães Pinto Arq. ( D.E.P )

 

 

 

  

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

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