Se 2011 e 2012 não foram anos fáceis para as famílias portugueses, 2013 não parece ser mais auspicioso. As medidas já anunciadas pelo Executivo, para substituir as alterações à taxa social única (TSU), fazem antever uma subida da carga fiscal para muitas famílias, por via da mudança dos escalões de IRS para o próximo ano. A perda do rendimento disponível tornará assim ainda mais difícil a gestão dos orçamentos familiares de muitos portugueses. Isto porque depois de dois anos de "aperto de cinto", a tarefa de cortar nas despesas consideradas supérfluas já foi feita há muito pela maioria dos portugueses.

"O próximo ano vai ser ainda mais difícil para as famílias da classe média, mesmo para aquelas em que ambos os membros do casal mantenham os seus empregos", afirma Natália Nunes, responsável pelo gabinete de apoio ao sobreendividado da Deco. E explica a razão para seu pessimismo: "As pessoas já têm neste momento critérios muito rigorosos na gestão das suas finanças. Já interiorizaram todos aqueles conceitos de poupança que costumamos dar, como por exemplo, fazer um orçamento para detectar os eventuais gastos supérfluos ou fazer uma lista de compras para controlar melhor as despesas de supermercado"

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