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De Redundo para o Mundo

Um olhar sobre o mundo das notícias

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Portugal de mal a pior

Julho 03, 2011

adamirtorres

 

 

Esta semana ficou marcada por três notícias algo incompreensíveis.

A primeira delas foi apresentada logo na primeira vez que o actual primeiro-ministro esteve no parlamento.

O Imposto extraordinário sobre o subsídio de Natal, uma das médidas extraordinárias (uma espécie de PEC5) que foram apresentadas pelo primeiro-ministro Passos Coelho dizendo que eram necessárias porque Portugal já está a fugir das metas estipuladas para o ano de 2011, mas o que não se entende são as medidas agora apresentadas, a suspensão do fecho de escolas do primeiro ciclo, e a suspensão do Plano de Viabilização e Reestruturação da empresa dos estaleiros de Viana, duas medidas despesistas em tempo de poupança.

Segundo o que tem saído na comunicação social a direcção dos estaleiros de Viana disse que estavam a ter 160 mil euros de prejuízos por mês, a mesma direcção disse também que apresentam um passivo acumulado de 200 milhões de euros e fecharam 2010 com prejuízos de 40 milhões de euros.

Com esta suspensão até Setembro quem é que vai suportar este prejuízo, uma vez que já no ano passado o governo teve que injetar dinheiro nos estaleiros para eles se manterem abertos.

Muita gente tem referido que os estaleiros têm uma carteira de encomendas de 500 milhões de euros em construções para a Marinha e 130 milhões em dois navios asfalteiros para a Venezuela, mas não nos podemos esquecer que para os trabalhadores poderem trabalhar precisam de matéria-prima que custa dinheiro, a grande questão aqui não é o valor das encomendas, mas sim o lucro que vão obter com elas e se ele vai chegar para as despesas e garantir os ordenados dos trabalhadores.

Também não consigo entender porque é que continuam a injetar dinheiro em empresas públicas que não são viáveis e por outro lado tornam mais fácil o despedimento em empresas privadas, os trabalhadores de empresas privadas também não são Portugueses? Porque é que não fazem como nos estaleiros no ano passado?

Na empresa onde trabalho, no início do ano foram despedidos mais de 50% dos funcionários, ninguém se preocupou com eles pois não eram funcionários públicos, quando uma empresa não é viável deve ser estruturada em vez de continuar a dar prejuízo ao estado e aos contribuintes que vêm os seus impostos a serem injetados em impressas falidas, no caso das privadas, fecham pois ninguém tem pena dos funcionários que viram o dinheiro dos seus imposto a serem gastos em empresas públicas e eles vão para o fundo de desemprego pois o estado não quer saber deles.

 Eu confesso que sou a favor dos despedimentos, quando eles são benéficos para a empresa, o despedimento de alguns funcionários por vezes é um mal menor, porque ao despedirem alguns estão a salvar o posto de trabalho de outros, foi o que aconteceu em pelo menos duas empresas em Paços de Ferreira que não tinham trabalho para todos os empregados e com a redução conseguiram manter quase 50% dos postos de trabalho.

Se não mudamos de rumo vamos ter o mesmo fim que a Grécia, pois vai chegar o dia em que os Portugueses se vão fartar de medidas de austeridade que não resolvem nada apenas tiram o dinheiro aos contribuintes.


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