Bombeiro salvou idosa das chamas
Outubro 22, 2010
adamirtorres
Um bombeiro voluntário de Freamunde (Paços de Ferreira) salvou uma idosa de morrer queimada num incêndio que destruiu uma casa. Maximino Pacheco, de 29 anos, ficou ferido quando o tecto desabou. Acabara de colocar o seu capacete na cabeça da mulher.
Maximino integrou a equipa dos Voluntários de Freamunde que correu em socorro do casal de idosos que vive há 57 anos numa casa de dois pisos, na Rua Nova de Abutre, em Freamunde.
Já no local, Max, apelido pelo qual é conhecido o bombeiro, apercebeu-se de que no piso superior estava, em aflição, Maria Fernanda Neto, de 83 anos, agarrada a duas muletas.
A idosa, encurralada pelas chamas, ainda teve o discernimento de partir o vidro de uma janela, para poder respirar. Enfrentando as chamas, Max entrou e resgatou a mulher, que pesa cerca de 90 quilos.
"Arranjei um casaco e cobri-a, depois vi que o tecto ia desabar. Tirei o meu capacete e coloquei-o na cabeça da senhora. Num instante, o tecto desabou sobre nós", recorda o bombeiro de Freamunde.
Max tentou proteger-se, mas ficou ferido na cabeça. "Começou a cair tudo sobre mim. Parecia um inferno. Consegui pegar na senhora aos ombros e, com a ajuda de um colega, tirámo-la daquele inferno de chamas", explicou o Voluntário de Freamunde.
Fernando Gomes Pereira, de 85 anos, e a mulher Maria Fernanda Neto, de 83 anos, vivem na casa que construíram de raiz já lá vai meio século. Quando o incêndio começou, cerca das 5.30 horas, Maria Fernanda dormia no piso superior e o marido estava na parte debaixo da casa. Maria Fernanda partiu o vidro de uma janela e começou a gritar, alertando a vizinhança que correu em socorro e alertou os bombeiros.
"Não fosse a coragem do bombeiro de Freamunde e a minha mãe estaria morta", recorda Lizarda Pereira, uma das três filhas do casal. Os idosos e o bombeiro foram, mais tarde, transportados ao Hospital de Penafiel, onde receberam tratamento médico. Com a casa completamente destruída, o casal pernoitou, ontem, em casa de uma das filhas.
Segundo conseguimos apurar, um curto-circuito na instalação eléctrica, na cozinha, poderá ter estado na origem do incêndio que destruiu todo o recheio, paredes e tecto da habitação.
