Lady Gaga no Pavilhão Atlântico
Dezembro 11, 2010
adamirtorres
Foi um prato cheio para quem gosta de pop com letra grande (e bem garrida). No seu primeiro concerto em Portugal, Lady Gaga apresentou o espectáculo da Monster Ball Tour num Pavilhão Atlântico onde "Just Dance" funcionou como lema da noite.
Dos videoclips para o palco
Durante duas horas, esta ópera pós-moderna concentrou toda a extravagância e amálgamas que Gaga tornou marca registada nos seus videoclips. O contraste de imaginários, apesar dos altos e baixos, conseguiu sempre aquilo em que a artista é especialista: suscitar curiosidade e agarrar a atenção. A oferta mostrou-se, como se esperava, farta e sumptuosa, alucinante e grotesca.
O espectáculo foi da mega rave inicial, de tom futurista, ao ambiente bas-fond condimentado com um vão de escada, um carro abandonado e néones em "Just Dance" ou "Beautiful, Dirty, Rich". E antes de, já para o final, propor um duelo entre Gaga e um monstro (o gigantesco monstro da fama, ex libris cénico da noite), em "Paparazzi", convocou freiras zombie em "Lovegame" ou um tornado luminoso antes do oásis de "So Happy I Could Die".
No desfile de cerca de duas dezenas de canções, Gaga tanto surgiu quase nua como praticamente sufocada em roupa, vestindo e despindo personagens num espectáculo com uma componente teatral bem vincada. Mas se a estética primou pela simbiose entre estranheza e grandiosidade, na essência o concerto celebrou a auto-aceitação e o amor universal.
"Sabem, eu não era muito popular no secundário. As minhas colegas eram más para mim por ser diferente, gostar de jazz ou cantar no coro", revelou num dos muitos momentos em que se dirigiu ao público. "Mas sabem que mais? Não me importo porque nasci assim", complementou, explicando a origem do título do seu segundo álbum, "Born This Way", previsto para Maio de 2011.
Fonte:Sapo Musica
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